quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tomates Maduros Crus.



Nunca fui um ídolo assíduo de Turma da Mônica, apesar de estar muito presente em toda minha vida. Comecei aprender a ler com um gibi ganhado da Turma da Mônica, acho que da minha mãe, ainda dormia no berço e lá de dentro pedia meu pai para ler e ia seguindo as figurinhas, muito coloridas e chamativas, saudade dessa época de inocência.

Ate já me identifiquei com o Cebolinha, que troca o “R” por “L”... Meu irmão que chama Murilo, era “Mulilo” na época, já tive apelidos como “Bololo”... Mas nunca fui um grande seguidor dos quadrinhos do Mauricio.

Contudo uma coisa sempre me intrigava no Cebolinha, por que era Cebolinha? Pelo cabelo que parece cheiro verde murcho? O “L” deveria ser substituído por “R”? “Ceborinha” não fazia muito sentido...

Daí esses dias, cresceu um pé de tomates no quintal de casa, provavelmente minha mãe mesmo que jogou as sementes, desses tomatinhos cereja, já fazia tempo que estavam madurando e eu adoro come-los, são docinhos, não precisa frescura pra come-los, cabem inteiros na boca, tirou do pé passou uma água, coloca um salzinho se quiser e comeu, simples, fácil, direto.

Porem, ainda não tinha apanhado nenhum do pé, apesar de já ter visto de longe, sempre comia os que já estavam na geladeira... Hora os tomatinhos pararam de aparecer na geladeira... Na verdade fui dar falta deles só quando passei próximo ao pé e percebi alguns pontinhos vermelhos, lembrei dos tomatinhos, parei para apanhar alguns e alguns deles se soltaram com cabinhos, foi ai que vi e me remeti aquelas imagens coloridas dos gibis da Turma da Mônica e o Cebolinha começou a ter um sentido maior...

Esse tomates maduros, crus, não se parecem mais ao Cebolinha do que cebolinhas verdes porem murchas? Desconfiei que fosse essa na verdade, a verdadeira identidade do Cebolinha... Não resisti em fazer a foto, escolhi três, peguei um pequeno prato branco, alguns galhos do próprio pé de tomatinhos, era entardecer, a luz do sol acolhedora e brilhante, lateral, como que pedindo pra entrar por frestas de paredes, não poderia ter luz melhor, dispus o prato ao sol e fotografei.

2 comentários:

Alessandra Favoritto disse...

Definitivamente, que texto gostoso de se ler. Você passa uma energia muito boa quando escreve, é uma inocência misturada com doçura. Ameia isso!

Paulo disse...

Vini, além do vocabulário ter ficado rico, principalmente no ulimo parágrafo.O texto ficou tão suave, agradável de ler, creio eu que deu pra sentir a inocência que quis dizer.